Reflexões do Estágio

As experiências vivenciadas no período da regência em sala de aula foram bastante importantee enrriquecedoras, apesar de no primeiro impacto sentir o famoso "frio na barriga", pois uma das maiores dificuldade dos estagiários é o choque que encontram quando se deparam com a grande diferença existente entre os conhecimentos adquiridos com disciplinas estudadas, sua aplicação, bem como o confronto com a prática pedagógica.

Segundo PIMENTA;LIMA(2004), nem sempre os estagiários tem clareza sobre os objetivo que orientam suas ações no contexto escolar, os meios para realizá-los, os caminhos e procedimentos a seguir.
Apesar de ter vivenciado um estágio anterior, pude perceber que cada um é uma experiência diferente, onde novas situações se apresentam, surgindo novos problemas e questionamentos.

Juntamente com os planos de aula, foram elaboradas Intervenções com os valores: Obediência, Amizade, Amor e Paz, e uma das grandes dificuldades durante a condução das atividades foi a ausêncaia de motivação por parte dos alunos. Confesso que pude sentir as cinco categorias de manifestações indicadoras do choque com a realidade, mas o "abandono da profissão" foi a mais marcante, no momento que pensei em desistir e ir embora dali.

Sei da necessidade do professor como mediador da motivação dos alunos, como fica explícito no vídeo Aprender a Aprender, mas em muitos momentos eles deixavam transparecer a indiferença, e a rebeldia se fazia presente. Foi necessário a elaboração de atividades que favorecesse a relação entre os conteúdos ministrados em sala de aula e as necessidades desses alunos, como forma de satisfazer o processo de ensino-aprendizagem, visto que estes não apresentavam pré-requisitos necessários para ocuparem a série em que estão.

Portanto, nesse período, pude ver-me como professor em formação, buscando uma teoria que me habilitasse a conhecer meus alunos, segura e consciente de proporcioná-los aprendizagens significativas.

RELEMBRANDO A MINHA HISTÓRIA

Contar a nossa história e trajetória; dar forma, cor e texto às lembranças das experiências escolar e acadêmica não é uma tarefa fácil. Relembrar minha história de vida, embora não possa revivê-la na íntegra, é poder reconstruir, a partir das concepções de hoje, as experiências de antes. Falar das séries iniciais para mim requer um pouco de esforço, afinal já faz um tempo que estou formada e as lembranças são um pouco vagas. Comecei a freqüentar a escola aos três anos de idade no SESC – Serviço Social do Comércio. Conta a minha mãe que quando ela foi levar a minha irmã que é mais velha do que eu à escola, me levou junto, pois não tinha com quem deixar. Chegando lá, me encantei pelo lugar, pelas crianças e brinquedos, e foi então que ela resolveu me matricular também. Da 1ª a 4ª série estudei no Educandário Nossa Senhora das Graças, uma escola particular e que ficava próxima à minha casa. Nesse período eu me dedicava bastante aos estudos e quando cursava o 3º ano, antiga 2ª série, ganhei um prêmio como melhor aluna da sala.
A partir da 5ª série, hoje denominado 6º ano, fui estudar no Instituto de Educação Régis Pacheco – IERP e as dificuldades começaram a surgir. Na época minha mãe foi contemplada com uma das casas na Urbis IV e tivemos que nos mudar, visto que morávamos de aluguel e minha mãe se esforçava para sustentar minha irmã e eu. Apesar da distância entre casa e escola, ela nos incentivava a continuar os estudos mesmo não tendo o dinheiro do transporte todos os dias. Foi aí que, com uma economia, conseguiu comprar uma bicicleta na qual usei como meio de transporte até a escola. Concluí o Ensino Médio no ano de 1993, no curso de Técnico em Contabilidade do antigo CETEJE – Centro de Educação Técnica de Jequié, hoje dispondo somente do ensino superior denominado FIEF – Faculdades Integradas Euclides Fernandes. Esse período também foi um pouco difícil, pois tinha que estudar e trabalhar para ajudar nas despesas de casa. Logo em seguida, casei e constituí família e confesso ter deixado um pouco de lado os estudos.

Ingressei no curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB no ano de 2007 por opção e durante o meu percurso na academia, deparei-me com disciplinas que servirão de subsídio para minha formação e futura profissional da educação.
Com base nos teóricos estudados, passamos a compreender a importância do estágio como componente curricular, e muitos aspectos tem sido desafiador quando buscamos ser profissionais da Educação com princípios voltados para a formação do ser e construção de saberes de modo que causemos a transformação e qualidade na prática educacional.